Canções de protesto marcam reta final do Rock Humanitário

Bandas de hardcore e punk dão tom de protesto a evento solidário; Espaço de Eventos de Cabo Frio ficou lotado, até o prefeito compareceu


"Em 1997, um índio foi queimado endolação Brasília. Em 2014, os autores estão soltos". Foi com revolta que a banda Protesto Suburbano lembrou da data que se comemora neste sábado (19), o Dia do Índio. Transgressor por essência,  as últimas bandas do festival transformam o evento num verdadeiro manifesto por universidade país melhor.

Com o lema de amizade e liberdade, os punks do Flicts cantaram pela anarquia e mandaram muita gente para aquele lugar. Logo em seguida, por volta das 22h, foi a vez do Comando Delta fazer seu manifesto, enquanto os capixabas do Dead Fish se preparava para fazer um dos shows mais brilhantes da noite.

O hardcore capixaba levou o público ao delírio. Com direito a muita roda punks e mosh, o Dead Fish tocou os maiores sucessos da carreira de mais de duas décadas, como "Sonho Médio" e "A Urgência" eles foram o ponto alto do que se diz respeito a protesto. Até o prefeito Alair Corrêa comparece, acompanhado do secretário de Evento,  Edson Leonardes. 

"Fazer una festival para arrecadar coisas para ajudar, e não encher o bolso de contratante, é algo formidável", disse Rodrigo, o vocalista do Dead Fish, sem saber que cortejava pessoalmente o alto estafe municipal.

Depois de um breve descanso, o público voltou a bater cabeça com os Ratos de Porão, que desejaram morte aos políticos corruptos, sem hesitar. Para fechar a noite, a Plebe Rude,  que se orgulha de nunca ter composto uma canção romântica sequer, mostrou porque sobrevive de punk rock há mais de trinta anos e despertou a nostalgia de quem teve uma juventude embalada pelo rock brasiliense.
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